sábado, 13 de outubro de 2012

A tarde que dançava.

Era aquela tarde quente, verde e azul
Uma dessas que costumam chegar com gosto de saudade,
Uma dessas que tem hálito de amanhã,
Uma dessas com voz de silêncio e rosto de morena,
Uma dessa tardes que usam vestidos com estampas coloridas,
E anda como se dançasse uma melodia de Caymmi,
Eu estava dentro dela, percebendo cores, variações, tons bemóis... como se assistisse a um filme,
O sereno do ibisco e um bem-te-vi também a compuseram,
e a compuseram também:
O quarto do fim da rua e a janela que servia de moldura pra ela.







segunda-feira, 21 de maio de 2012

Flor do maracujá, vícios e memórias vespertinas

Um café de lucidez,
Um chá, nada mais.
Uma janela pro poer,
Um sofá com silêncio,
Uma estante de memórias,
Um relógio de parede (parado),
Um lustre de avisos,
Ecos de alguns velhos conselhos,
Echos de  Guriatans,
Delays de Curiós,
Chorus Sabiás nas sábias algarobas
E o nylon do Di Giorgio,
Uma nativa Passiflora com a pureza do saber amar sem frescuras,
Uma nativa Passiflora com rosto de brilho das águas do açude,
Uma nativa Passiflora doce ...